Os Zumbis de Romero

Os zumbis já foram usados no cinema mudo, sempre como coadjuvantes, geralmente, com um aspecto e comportamento parecido com um fantasma. Porém, em A Noite dos Mortos Vivos (1968) de George A. Romero, que foi refilmado em 1990, foram mostradas essas características já conhecidas hoje em dia.

Em um pequeno apanhado sobre nossos queridos zumbis, que sempre foram um dos principais monstros dos filmes de terror junto com múmias, lobisomens, fantasmas e vampiros. Durante os mais de 100 anos de cinema, tiveram várias características e mudanças. Em alguns filmes eles andavam, em outros eles corriam, ou simplesmente vagavam atrás de carne, e também já foram vistos formando sociedade e pensando. A contaminação podia ser por ar, ou por uma mordida. Eles, com certeza, são um dos monstros mais assustadores dos filmes de terror, talvez por já estarem mortos, ou por seu aspecto muitas vezes bizarro e mórbido, e também por sua fome insaciável por carne humana.

Romero fez mais três filmes de zumbis, Despertar dos Mortos (1978), refilmado em 2004 com o nome de Madrugada dos Mortos e Dia dos Mortos (1985), refilmado em 2008 e Terra dos Mortos (2005). Todos esses tinham fortes críticas sociais implícitas e com grandes doses de violência. Talvez por isso Romero seja considerado o principal diretor de filmes sobre o tema da atualidade.

Após A Noite dos Mortos Vivos, os zumbis ficaram famosos no cinema e já foram protagonistas de vários filmes como, A Volta dos Mortos Vivos (1985) com 4 seqüência, Extermínio (2002) com 1 sequência, Resident Evil (2002) possui três seqüências a mais recente será em 3D com lançamento previsto para 2011, Todo Mundo Quase Morto (2004), Colin (2008) filme independente que custou apenas 70 dólares e arrecadou vários prêmios, e Zumbilândia (2009) que tem uma seqüência para 2011.

Romero decidiu começar uma nova história de zumbis em 2007, como se a epidemia começasse atualmente em Diary of the Dead. Esse último foi considerado o filme de zumbis mais fraco de Romero, por vários motivos (personagens fracos, desenvolvimento fraco, e história repetitiva).

Em 2010, Romero lançou Survival of the Dead, uma seqüência de Diary of the Dead, até agora, inédito no Brasil. O filme, apesar de ser melhor do que o seu antecessor, ainda é muito fraco, principalmente se compararmos aos outros quatro filmes. Romero consertou alguns erros que cometeu em Diary of the Dead, como a história, que aqui, apesar de lembrar bastante Dia dos Mortos, ainda tem pontos muito interessantes e poderia render um ótimo filme. Romero também largou o elenco “teen”, com adolescentes chatos e colocou personagens mais profundos, com motivações muito mais autenticas. Porém, o que mais incomodou foi o uso excessivo de CG (computação gráfica), deixando de lado a velha maquiagem, já característica de seus filmes e as piadas, muitas vezes, beiram o ridículo e o filme ficaria bem melhor sem tudo isso. O filme, no final é um bom divertimento, mas é possível perceber certa perda de qualidade nos filmes de Romero, ultimamente.

por Guilherme Henrique Renan Rodrigues Alves de Sousa